Colocar a Deus em primeiro lugar

Minha irmã e eu nascemos num lar israelita. Como bons judeus, porém, não ortodoxos, freqüentávamos a sinagoga nas principais festas e era grande a preocupação de não misturar raças com casamentos mistos ou perder as tradições judaicas.

Entretanto, meu pai, após uma série de conferências do Pr. Alcides Campolongo na Casa Verde, decidiu aceitar Jesus como o Messias. Eu tinha 8 anos e o acompanhava sempre, mesmo sob os protestos ou chantagens emocionais de mamãe.

Ela e minha irmã só conseguiram quebrar os paradigmas de uma família completamente fechada às mudanças depois de 2 anos de muita luta emocional e espiritual.

Finalmente, em 1964, nós três fomos batizadas. O preço foi alto, pois uma boa parte da família se afastou completamente de nós, pois éramos tidos como traidores.

Logo após o batismo, tive que fazer a primeira grande escolha sobre minhas novas crenças. Como eu estudava numa escola pública, teve uma festa junina e fui convidada para ser a noivinha da quadrilha. A tentação foi grande, pois sempre gostei muito de dançar.

Minha mãe, com muita sabedoria, disse-me que eu deveria escolher o que fazer. Participar ou não desta festa, cujo objetivo era homenagear homens que foram considerados santos por outros homens. Se eu escolhesse dançar ela faria a roupa de noivinha e tudo que fosse necessário, mas a única coisa que ela pediu que eu fizesse, era orar antes de tomar qualquer decisão.

Fiz o que ela pediu e cheguei à conclusão que não deveria tomar parte da programação, pois agora o único a ser homenageado deveria ser Jesus, nosso Criador, O Messias. Qualquer participação estaria dando mal testemunho sobre minhas crenças.

Depois de alguns anos, quando estudava na 6ª série (antigo 2º ano ginasial), houve um concurso de redação no Colégio Marechal Deodoro da Fonseca, com o tema “Pessoas que fizeram a História”.

Minhas amigas escreveram biografias enormes, em papel especial, de homens ilustres que realmente foram notáveis na vida e fizeram história.

Pensei em algumas opções, mas decidi escrever sobre o Messias, a descoberta da minha vida.
Numa folha de caderno comum escrevi resumidamente a vida, o sacrifício e a ressurreição de Jesus e Seu objetivo supremo de nos salvar do pecado e nos levar para o Céu.

Para minha surpresa ganhei em primeiro lugar, com direito de gravar a redação em fita (o que era fantástico na época), medalha, livros e outras coisas mais.

E assim com o decorrer da vida fui aprendendo, no dia-a-dia, que o importante é colocar a Deus em primeiro lugar e as outras coisas serão acrescentadas.

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